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Veneziano (27,43%), Simão Almeida (26,47%), Cícero (21,93%) e Rodrigo Soares (20,68%) |
Enquete realizada pelo Paraíba Já entre os dias 2 e
15 deste mês aponta o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do
Rego (PMDB), tecnicamente empatado com o ex-deputado estadual Simão
Almeida (PC do B) na “eleição” para definir a liderança política que
saiu mais derrotado do pleito de 2010 na Paraíba.
Dos 8.850 internautas que participaram da votação, 27,43% apontaram o
prefeito campinense como o maior derrotado das eleições deste ano. Com 26,47% o ex-deputado comunista Simão Almeida foi o segundo colocado. Em terceiro lugar, com
21,93%, ficou o senador Cícero Lucena, presidente estadual do PSDB
paraibano.
Na quarta posição, com 20,68% dos votos, ficou o presidente do PT paraibano e
deputado estadual, Rodrigo Soares, que concorreu ao cargo de vice na
chapa do governador derrotado José Maranhão (PMDB).
Veneziano
O prefeito Veneziano não disputou as eleições deste ano, mas desde a
abertura das urnas vem sendo apontado como um dos maiores derrotados do
pleito de 2010, já que o governador José Maranhão perdeu para Ricardo
Coutinho por uma grande diferença em Campina Grande nos dois turnos.
Além disso, está sendo “debitada” na conta do prefeito Veneziano o fato
do seu irmão, Vitalzinho (PMDB), ter ficando apenas em terceiro lugar na
disputa pelo Senado Federal na cidade de Campina Grande. Mesmo eleito, o
peemedebista ficou atrás do senador Efraim Morais, que não tem base
eleitoral na Rainha da Borborema.
Simão Almeida
O ex-deputado Simão Almeida é apontado como o principal responsável pelo
fracasso do PC do B nas eleições deste ano. Ele foi secretário
municipal nos dois mandatos do então prefeito Ricardo Coutinho (PSB).
Por quase seis anos, o comunista foi um dos auxiliares mais prestigiados
na administração da Capital, tendo ocupado cargos importantes, como o
de secretário de Meio Ambiente.
Apesar do prestígio junto à cúpula socialista, Simão Almeida preferiu
romper com o projeto político do ex-prefeito Ricardo Coutinho e levou
parte do PC do B para os “braços” do governador José Maranhão. Os
comunistas foram beneficiados com cargos na administração estadual, mas
nas urnas do último dia 3 de outubro, o ex-deputado teve uma votação
aquém das expectativas, obtendo apenas 3.816 votos.
Cícero Lucena
Presidente estadual do PSDB, o senador Cícero Lucena resolveu explicitar
publicamente seu apoio à candidatura do governador José Maranhão na
semana que antecedeu o segundo turno. O tucano ignorou o fato de o
partido disputar o pleito com o deputado federal Rômulo Gouveia na
condição de vice de Ricardo Coutinho e trabalhou arduamente pela
reeleição de Maranhão.
Além do mais, mesmo sendo coordenador regional da campanha do tucano
José Serra à Presidência da República, Cícero viu o ex-governador de São
Paulo ser “humilhado” nas urnas no primeiro turno em João Pessoa,
cidade em que o senador administrou por oito anos. Na Capital, o
presidenciável do PSDB ficou em terceiro lugar, atrás de Dilma Rousseff
(PT) e Marina Silva (PV).
Rodrigo Soares
Apontado por parte dos filiados do PT de ter dado uma “rasteira” no
vice-governador Luciano Cartaxo, o deputado estadual Rodrigo Soares
ficará sem mandado no ano que vem. Inicialmente, pleiteava disputar uma
vaga de deputado federal, mas trabalhou nos bastidores e foi escolhido
pelo governador José Maranhão como seu candidato a vice.
Além de perder a disputa pelo Governo do Estado, Rodrigo Soares viu seu
principal adversário dentro do PT, o deputado federal Luiz Couto, sair
das urnas de 3 de outubro consagrado pelo eleitorado paraibano, que o
tornou um dos parlamentares mais votados das eleições 2010 no Estado.
Outros votados
Além de Veneziano, Simão Almeida, Cícero Lucena e Rodrigo Soares, mais
duas lideranças políticas paraibanas participaram da “eleição” do
Paraíba Já: o deputado federal Armando Abílio (PTB) e o ex-deputado
Gilvan Freire (PMDB). Ambos foram derrotados nas unas no último dia 3 de
outubro.
Na enquete realizada pelo Paraíba Já, Armando Abílio ficou com 2,62% dos
votos, enquanto Gilvan Freire obteve 0,87%. O petebista é apontado por
correligionários como o principal responsável pelo insucesso da legenda
nas eleições deste ano, já que o PTB não elegeu nenhum parlamentar na
Paraíba.
Já Gilvan foi um dos principais defensores da aliança entre Ricardo
Coutinho e o senador eleito Cássio Cunha Lima (PSDB). No entanto, depois
mudou o discurso e se recompôs politicamente com o governador José
Maranhão, até então um de seus maiores adversários políticos. Abertas as
urnas, o “neo-maranhista” teve pouco mais de 16 mil votos e ficou
apenas na sexta suplência de sua coligação.
Do Paraíba Já