“Nosso compromisso não é negociar cargos ou constranger a presidente eleita com indicações"
A Comissão Executiva Nacional (CEN) do Partido Socialista Brasileiro
(PSB) defendeu nesta quinta-feira (4), em Brasília, a posição da legenda
como ator de destaque na governabilidade brasileira, com foco na
manutenção do ciclo de desenvolvimento do País, em curso desde o início
do Governo Lula. A postura foi assumida no momento em que se especula,
em todo o País, qual será a composição do governo da presidente eleita,
Dilma Rousseff.
“Nosso compromisso não é negociar cargos ou constranger a presidente
eleita com indicações. É ajudar na governabilidade. É assim que o PSB
faz política. Por isso, no governo da presidente Dilma, agiremos com a
mesma correção e lealdade com que agimos no governo do presidente Lula.
Deste modo, o sucesso de Dilma será o sucesso do PSB”, enfatizou o
presidente nacional da sigla, o governador reeleito de Pernambuco,
Eduardo Campos. "O PSB deve e vai contribuir para que a gente possa
descongestionar a área do debate político, estender as mãos aos
adversários, desmontar os palanques e poder contribuir para o diálogo na
vida brasileira", completou.
A mesma postura foi defendida pelo vice-presidente Nacional, Roberto
Amaral. “O nosso papel mais importante é garantir a governabilidade”,
avaliou, ao lembrar a conduta de lideranças socialistas históricas, como
Jamil Haddad, Miguel Arraes, Evandro Lins e Silva e Antônio Houaiss.
As declarações foram dadas durante reunião da CEN, que teve como
pauta avaliar o resultado eleitoral deste ano e discutir as
perspectivas. O evento contou com a presença de diversos deputados
federais, os senadores eleitos, além dos seis governadores socialistas
escolhidos pelo voto popular.
SAÚDE
Eduardo Campos ressaltou, ainda, que a negociação de cargos entre
partidos e também com a oposição é menos importante que o problema
atravessado hoje na área da saúde.
"Em vez de estar discutindo nomes, brigas de partido, o Brasil tem
que enfrentar o problema da saúde. A saúde vive uma crise severa, que
atinge todas as cidades, grandes ou pequenas", ressaltou. E considerou,
inclusive, a possibilidade da criação da Contribuição Social para a
Saúde (CSS).
"Melhorar a qualidade do gasto é um desafio, mas nós precisamos de
mais dinheiro na saúde. Se para isso for necessário votar uma
contribuição social específica sobre movimentação financeira, nós
haveremos de fazer isso", afirmou.
Outro ponto avaliado nesta quinta-feira foi o crescimento obtido pelo
Partido e os próximos passos. Segundo Roberto Amaral, o PSB precisa
organizar-se devidamente, para manter o mesmo nível de crescimento
obtido a cada eleição, sem perder sua identidade.
Para intensificar a troca de experiências exitosas do PSB entre os
gestores socialistas e aprofundar as questões discutidas, o PSB, em
conjunto com a Fundação João Mangabeira, promoverá seminário nos dias 8 e
9 de dezembro, em Brasília. “Precisamos aproximar os nossos governos, a
nossas equipes. Aproximar os nossos mandatos executivos da nossa
bancada no Federal, na Câmara e no Senado”, analisou Eduardo Campos.
Assessoria/PSB
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