sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Finanças são a principal preocupção, diz Ricardo Coutinho

Ricardo Coutinho discursa após vencer José Maranhão na eleição para governador da Paraíba. Foto: Divulgação
Ainda aparentando o cansaço da campanha eleitoral, o governador eleito da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB), concedeu entrevista exclusiva para o Terra. Passada a euforia da vitória, ele disse que está preocupado com a situação financeira do Estado, em especial, com a folha de pessoal que atualmente compromete quase 55% da receita corrente líquida. Coutinho ainda informou que já montou a equipe de transição e não acredita que o atual governador, José Maranhão (PMDB), crie formas para inviabilizar a sua gestão nos seus últimos meses de gestão. Ele revelou que começou a pensar um dia após a vitória nos critérios para montar o secretariado. De acordo com ele, o seu secretariado abrigará representantes dos partidos aliados que tenham qualificação para aquele cargo.

Ricardo Coutinho também comentou o fato da coligação adversária (Paraíba Unida) ter ingressado com Ações de Investigação Judiciais Eleitorais logo após a sua vitória. Ele disse que a Justiça não cometeria outro erro de tirar um mandato de um governador eleito pelo povo como aconteceu com Cássio Cunha Lima (PSDB). "A Paraíba jamais aceitaria um outro tipo de comportamento desse e nem, imagino eu, o Tribunal Eleitoral. A nossa campanha foi paupérrima. A gente saiu escapando nas mínimas coisas", comentou.
Leia a seguir a entrevista do governador eleito da Paraíba: 


Terra - Mesmo sem falta de estrutura e suposto uso da máquina pública pelo seu adversário, como você sempre reclamou, o que te levou a vitória?
Coutinho - Eu acho que um sentimento crescente na população paraibana de que mais do mesmo não iria trazer absolutamente nada para as gerações que aqui estão e para as que estão chegando. Isso foi muito forte. Uma outra coisa forte foi o fato de eu ter tido a capacidade de aliar o discurso a uma prática. Eu não trabalhei com promessas, eu trabalhava com exemplos. O exemplo de João Pessoa foi algo muito determinante dentro desta eleição. O processo de João Pessoa nesses últimos quase seis anos foi algo determinante. Isso enchia as pessoas de expectativa de que as coisas poderiam acontecer. Eu acho também que a população tem feito as suas próprias caminhadas, não tem nada estático, elas não estão paradas no tempo. As pessoas estão percebendo as coisas. Hoje mais do que nunca as pessoas têm acesso a informação. Antigamente, e antigamente que eu falo é há 20 anos, um cidadão da roça para poder ter acesso a informação iria ouvir o rádio que trazia notícia do jornal do dia anterior que era praticamente fechado um dia antes. Ou seja, ele tinha uma defasagem de dois dias. Hoje a informação é instantânea. Um fato que acontece na Turquia está no rádio de qualquer homem da roça porque a internet facilita isso. O nível de informação é outro completamente diferente, mas tem alguns políticos que não conseguem compreender isso. Eu acho que as pessoas perceberam que o nosso atraso era bastante evidente e era preciso dar um passo adiante. Acho que esses foram os principais motivos para que o tostão ganhasse do milhão.

Terra - Durante a campanha o senhor perdeu alguns aliados. Em algum momento da campanha o senhor pensou que não teria mais condições de ir em frente com essa baixa de pessoas que tinham muito peso político?
Sinceramente não e isso não é conversa de quem ganhou a eleição. É obvio que eu teria que perder aliados. Eu não tinha nada para dar daquilo que alguns querem, eu não tinha e se tivesse não daria. Todo mundo sabe bem disso. Eu tinha que perder mesmo. Talvez aqueles que estivessem comigo não estavam preparados para perder aliados, mas eu estava preparado. Eu sabia que perderia aliados, não tinha como. Tem gente que faz do oportunismo uma forma de vida e eu convivi com essas pessoas, porque em um determinado momento elas achavam que era fácil e outros já achavam que era fácil do outro lado e foram para o outro lado. A vida política é assim. Eu disse por diversas vezes que a política não é feita só pelos políticos. Isso é um erro clássico achar que política é somar quantidade de vereadores que apoiam, com deputados e prefeitos e pronto, está dado o resultado. Política é feita cada fez mais pelo povo. As pessoas participam. Eu achava que ganharia no primeiro turno, eu sentia uma movimentação muito forte nas grandes cidades. Nas pequenas cidades nós não tínhamos condições, não tínhamos estrutura de levar a campanha para elas e lá nós também não tínhamos a presença das TVs, pois em grande parte as antenas são parabólicas. Então, nas cidades onde tinha a parabólica, a nossa mensagem não chegava, chegava apenas a forma de fazer campanha do outro candidato. Quase não tínhamos material de campanha, era muito pouco. Gostaríamos de ter publicado muito mais material. Mas o quadro não era muito diferente de todas as campanhas que já participei, mas para mim nunca foi impeditivo de fazer uma campanha a falta de materiais estruturais. Para mim, não teria sido surpresa a vitória no primeiro turno e nós ganhamos no primeiro turno, faltando apenas três mil votos para nos dar a vitória. 

Terra - Passada essa euforia da vitória é preciso começar a pensar no governo do Estado. O senhor já começou a montar a sua equipe de transição de governo?
Eu vou anunciar a equipe daqui alguns dias, mas eu quero uma equipe enxuta com a presença do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público Estadual, caso os dois se disponham a acompanhar. E isso não é para constranger absolutamente ninguém, não é para constranger o atual governo, é para auxiliar mesmo. Será uma equipe enxuta que possa pegar dados e passar para mim e para os demais companheiros para que a gente possa montar a estratégia das primeiras medidas, cenários que haverão de estar presentes. Devo ter uma equipe de transição de, no máximo, cinco pessoas. 

Terra - Esses nomes já foram definidos? Serão de pessoas que já trabalharam com o senhor?
Serão nomes de pessoas que já trabalharam e outras não. Na verdade, eu vou divulgar posteriormente porque ainda não conversei com as pessoas. Eles terão a tarefa de arrecadar informações, colocá-las encima da mesa e permitir a uma equipe maior a definição dos quadros. 

Terra - O senhor não teme que o atual governador tente inviabilizar a sua administração adotando algumas medidas nesses últimos meses?
Eu acho que a sociedade não iria permitir isso. Haveria um rechaço tão violento. Votou-se aumento para policial em forma de suposta PEC, se deu reajuste e o que se pode perceber que a reação foi o aumento estúpido na diferença dos votos. Nós avançamos em votos nulos, votos brancos e isso é uma coisa importante de se considerar. As pessoas não são mais tolas e sabem que aquilo que é feito em um pacote de bondades acaba se transformando em pesadelo de maldades daqui a algum tempo. O próprio funcionalismo sabe disso, não se iluda. Só é possível aumentar salários e fazer com que esse aumento vire realidade se o Estado estiver saneado, equilibrado. Se não estiver equilibrado ninguém recebe. Eu acho que a população, e eu vou criar os mecanismos para isso, deve ficar muito atenta aos dados. E isso não é para fazer disputa política não, mas porque eu considero fundamental o acesso as informações. Acho que neste momento temos uma realidade de um governador eleito e do atual governador. Nem o novo governador pode interferir no atual governo e nem o atual governador não pode desconhecer a existência de um governador eleito e que vai assumir daqui a dois meses. Existe um processo claramente de transição. O governado eleito não pode pegar o Estado em primeiro de janeiro sem saber como o Estado está. Ele tem que saber agora, pois em primeiro de janeiro ele tem que montar as estratégias de administração do seu programa. Eu espero que a transição seja feita dentro da mais absoluta civilidade. A obrigação de quem governa é passar os dados e todos os dados, não só aqueles dados gerais que já estão no Tribunal de Contas do Estado. 

Terra - Pelo que o senhor já tomou conhecimento, qual o aspecto que mais lhe preocupa dentro do Executivo Estadual?
Muitos aspectos e a folha de pessoal é um deles. A folha estava em 55%, inclusive o atual gestor incorre em crime de responsabilidade fiscal. E ele vai ter que fazer alguma coisa. Eu perguntei quatro vezes nos debates o que ele faria, mas ele não respondeu. Acredito que não respondeu porque estava dentro de um processo eleitoral, agora ele terá que fazer alguma coisa. Ele vai ter que diminuir, não tem como. E ele não vai ter que diminuir para 49% (o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal), vai ter que diminuir para muito menos para poder compensar o estouro que vem desde janeiro. Tem um acumulado aí que é enorme e que eu calculo em torno de R$ 170 milhões que precisam ser reduzidos em dois meses. É muita coisa para poder o Estado entrar no equilíbrio fiscal que a lei preconiza. Outra coisa são os novos gastos que possivelmente possam vir. Eu gostaria que o atual governo fosse bastante econômico em seus gastos e observasse as diretrizes que eu como governador eleito preciso e vou implantar. Isso é importante para que o suado dinheiro público não seja estragado. Existem alguns projetos que precisam ser revistos. 

Terra - O senhor já começou a pensar a formação do seu secretariado e de quais serão os critérios para se tornar um auxiliar seu?
Eu comecei a pensar hoje (segunda-feira, 1º de outubro) não em cargos, mas de como eu vou conduzir isso. Uma coisa é certa: eu preciso aliar a participação de forças partidárias, de forças da sociedade para compor o governo, mas aliada a uma coisa chamada perfil. Tem que ter perfil. Eu não me sentiria confortável com meu conhecimento tomando conta da física nuclear de algum instituto. Eu não saberia fazer isso, pois não poderia ocupar um cargo que eu não tenha perfil para aquilo. Pessoas para ocupar um cargo precisam ter um perfil e, além desse perfil, é preciso conhecer esse projeto que foi vitorioso para representá-lo. Vou buscar isso dentro dos partidos que marcharam conosco, nas universidades, dentro dos movimentos e na prefeitura (de João Pessoa) também.
Terra - A partir do próximo ano o senhor deverá enfrentar maioria da oposição na Assembleia. Dos 36 deputados, 20 são da oposição, dois estão indefinidos e 14 serão governistas. Como governar com minoria no Legislativo?
Eu penso que a Assembleia não será problema. Acho que a Assembleia pode ser muita solução. Eu governei dois anos como prefeito tendo minoria e essa minoria, inclusive, foi uma decisão minha, porque as discussões que queriam levar comigo não eram aceitáveis. Fiquei minoria e não perdi nenhum projeto. Aprovamos todos. Acho que a Assembleia tem clareza do momento que a Paraíba atravessa e de que a diferença estabelecida pela população foi a maior das últimas eleições. Vou conversar com vários deputados e acredito que vamos ter facilidade de encaminhar os projetos. Repito que a política para mim não é só quem tem mandato, o povo participa. Em nossos projetos teremos a participação popular também que terá que dizer qual o rumo que eles querem. 

Terra - O senhor teria dificuldades em sentar com algum dos integrantes da oposição?
Não. Eu nunca tive dificuldade de sentar com ninguém. Já não quis sentar não por dificuldades, mas por completa diferença de visão de mundo. Já tive algumas oportunidades, mas não iria adiantar porque não sairia absolutamente nada de enriquecedor para qualquer um dos dois lados. Agora eu não vejo problemas e já sentei com vários deputados durante o segundo turno, eu tive várias conversas. Recebi visitas de vários deputados eleitos e reeleitos durante o segundo turno. Vamos começar uma nova etapa aqui na Paraíba, difícil, ninguém faz isso por decreto por lei. Serão mudanças de conteúdo, de relações, visando tudo isso uma mudança de mentalidade e isso não se é feito de uma maneira tão tranquila, tão pacífica. Mas, eu acho que sou uma pessoa determinada e quem faz política no Estado reconhece isso e acho também que a população apontou para um canto, apontou muito forte para uma forma de relação com a política. Os maiores centros responderam de uma forma bastante diferenciada. 

Terra - A sua aliança com o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e com o senador Efraim Morais (DEM) foi alvo de muitas críticas. Como o senhor avalia essa aliança e a importância dessas duas pessoas no processo que te levou a vitória?
Eu acho que a aliança foi extremamente correta e necessária. As forças ditas de esquerda ou do campo progressista têm uma limitação muito clara na Paraíba. Não adianta a gente achar mais do que é, porque acaba dialogando sozinho. A democracia a agremitativa e em um País como o nosso que tem pouca tradição partidária, pouco conteúdo partidário, seria muita falta de diálogo que a oposição não marchasse unida. Nós fizemos uma composição correta para ganhar e para governar em torno de um projeto de governo. Foi alvo de criticas. É porque muitas vezes essa imprensa que criticou tanto essa aliança poderia ter feito uma crítica, e corretamente não fez, em cima do apoio que Dilma recebeu de 45 prefeitos de DEM e do PSDB em São Paulo. Isso foi saudado como habilidade política e no meu caso, pelo fato do grande poder que o Estado tem perante a mídia, um poder avassalador, se criminalizou e se demonizou personalidades políticas. Tentaram despolitizar a política. E isso paralisou os nossos militantes até um determinado momento, mas faltando 15 dias em um debate na Universidade Federal da Paraíba eu percebi que isso havia sido ultrapassado, porque aqueles que começaram a fazer crítica à aliança foram rechaçados pelo público universitário. Esse público é diferenciado. Quando eu vi uma reação imediata eu percebi que aquilo acabou. O peso que cada um dos dois têm eu não sei quantificar e acho que ninguém sabe. Cássio é uma grande liderança dentro do Estado da Paraíba, que tem muito a contribuir com o Estado como senador da República e os democratas também. Agora, é preciso registrar algumas coisas: o papel da militância foi muito forte e para mim a eleição não é apenas a eleição de nós políticos, tem o povo também. Esse Estado foi encoberto por uma militância, além dos outros partidos como parte do PT comandada por Luiz Couto (deputado federal), uma parte do PTB, enfim, teve uma quebradeira em relação ao quadro partidário. Mas eu acho também que a polarização era entre os dois candidatos, entre duas formas, experiências e visões diferentes. 

Terra - Após a sua vitória a coligação adversária deu entrada em mais duas Aijes (Ações de Investigação Judicial Eleitoral). O senhor acredita que o governador José Maranhão (PMDB) vai tentar novamente chegar ao poder através da Justiça?
Eles até que sonhariam com isso. Quem aumentou salário em plena eleição, eleição que teve traficante preso com 2 mil títulos e isso é um escândalo, eleição que teve superintendente de núcleo regional de saúde, Sheila Marinho, lá de Patos, presa com R$ 600 mil e comprando voto a R$ 250 e com matéria do candidato do PMDB, eleição que teve vereador preso com dinheiro na cueca com material do candidato do PMDB. Faça um favor! A Paraíba jamais aceitaria um outro tipo de comportamento desse e nem, imagino eu, o Tribunal Eleitoral. A nossa campanha foi paupérrima. A gente saiu escapando nas mínimas coisas. Inventei uma tal de uma caravana (Caravana da Verdade) no meio da campanha. Na verdade a caravana foi feita porque a gente não tinha dinheiro para fazer grandes eventos. Era um ônibus, a gente colocava pessoas dentro, parava nas cidades e colocava o carro de som e saia conversando e apertando as mãos das pessoas. A sua criação veio da falta de recursos nossos. Eu acho que seria uma tentativa de golpismo muito grande se a outra coligação tentasse tomar do povo uma vitória tão expressiva com 150 mil votos de maioria, mas eu não me preocupo com isso não porque não tem nada de errado. Dá entrada em ação quem quer, agora nós temos uma série de ações para dar seguimentos de fatos reais e concretos que aconteceram.

Terra - O PSB, seu partido, saiu fortalecido das eleições deste ano. Vocês já começaram a pensar 2014? Quem seriam os nomes da legenda para disputar a presidência?
Ainda é muito cedo para pensar nisso. É claro que o PSB tem quadros importantes como Eduardo Campos (governador de Pernambuco), Ciro Gomes (deputado federal pelo Ceará). O PSB tem um peso muito grande e experiência administrativas importantes, governa seis Estados, um bom tamanho que nós temos neste Brasil. Eu acho que o PSB precisa ter um outro peso dentro da política nacional. O PSB precisa influenciar programaticamente mais e ser respeitado mais. 

Quem é Ricardo Coutinho
O novo governador da Paraíba, Ricardo Vieira Coutinho nasceu no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, no dia 18 de novembro de 1960. Foi vereador de João Pessoa (1993-1999), deputado estadual (1999-2004) e prefeito da capital paraibana por duas vezes, sendo eleito pela 1ª vez em 2004 e reeleito em 2008.
Renunciou à prefeitura de João Pessoa em 31 de março de 2010, durante o período de seu segundo mandato, para disputar o governo da Paraíba e foi eleito com mais de um milhão de votos, sendo o primeiro pessoense a assumir o governo da Paraíba. Ele também é o presidente estadual do PSB paraibano.
Formado em Farmácia pela UFPB e com especialização em Farmácia Hospitalar na UFRJ, Ricardo Coutinho conquistou, via concurso público, uma vaga de farmacêutico no Hospital Universitário da Capital paraibana. Também atuou na presidência do Sindicato da categoria e em 1990 foi fundador do Sindisaúde, na mesma década, fundou o Departamento de Saúde da CUT/PB. Foi o prefeito com o maior índice de aprovação da história de João Pessoa, com 82%.
Filho de Coriolano Coutinho e Natércia Vieira, é casado com a jornalista Pâmela Bório, apresentadora da TV Tambaú e tem dois filhos, Ricardo, do seu primeiro casamento e Henri Bório, da sua união com Pâmela. 

Carreira Política
Em 1992, Ricardo Coutinho, então filiado ao PT, elege-se vereador de João Pessoa pela primeira vez com 1.381 votos. Em 1996 ele é reeleito vereador com 6.917 votos, obtendo o maior número de votos do pleito. No ano de 1998 Ricardo é candidato a deputado estadual, sendo o mais votado em João Pessoa e obtendo em todo estado 25.388 votos. Na Assembleia Legislativa, foi o presidente da Comissão de Saúde em dois mandatos. Em 2002 o socialista é reeleito deputado estadual, obtendo 47.912 votos, sendo o mais votado do pleito. 

Em 2003, Ricardo Coutinho deixa o PT por problemas internos e ingressa no PSB no qual, em 2004, elege-se prefeito de João Pessoa em 1º turno com 215.649 votos (64,45% dos votos válidos), tomando posse em 2005. No ano de 2008 ele reelege-se prefeito da Capital paraibana em 1º turno, obtendo uma expressiva votação de 262.041 votos (73,85% dos votos válidos). Neste ano de 2010 Ricardo Coutinho renunciou ao cargo de prefeito em 31 de março para concorrer as eleições estaduais de 2010 como candidato a governador, sendo eleito com mais de um milhão e 65 mil votos. 


Do Terra

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