quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cássio nega vitória pessoal sobre Maranhão

O ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve 1.004.183 votos para o Senado, comentou no final da noite de ontem o resultado das eleições para o Governo e a vitória de seu aliado, Ricardo Coutinho (PSB), com 1.079.164 votos sobre seu adversário José Maranhão (PMDB).

Ao ser indagado sobre o recado das urnas, Cássio evitou tratar do assunto como uma vitória pessoal contra quem lhe sucedeu no Governo graças à decisão do TSE de cassar seu mandato em fevereiro de 2009 sob a acusação de conduta vedada.

- A vitória é do povo e de Ricardo, porque foi ele que disputou com Maranhão. Eu procurei ajudar nos limites das minhas possibilidades, ofereci minha contribuição de maneira empenhada, dedicada, com lealdade, com a convicaçã de que Ricardo é o melhor para a Paraíba. A vitória demonstra a maturidade do nosso povo porque o que foi feito para tentar macular, interferir no resultado da eleição não foi feito. O que se viu nas últimas semanas não tem paralelo na história da Paraíba. E mais uma vez nosso povo mostrou que tem consciência e discernimento e fez a escolha mais correta. A Paraíba não aguentava mais essa divisão. Ricardo vem para unir o nosso Estado.

O tucano também comentou a briga interna de seu partido, o PSDB, que teve de retirar a pré-candidatura de Cícero Lucena para prestar apoio a Ricardo Coutinho. Desde então, o senador ficou contrariado e na última semana do segundo turno decidiu assumir a defesa da candidatura de José Maranhão (PMDB), participando de carreata e dando entrevistas com elogios à gestão do pemedebista. Para Cássio, a eleição de Ricardo mostra que sua tese estava certa:
- Valeu a pena. Quando se faz aquilo em que se acredita, é muito forte. Eu enfrentei profundas dificuldades, mesmo depois de eleito senador. Continuei sendo perseguido, mas agradeço a Deus por ter me dado a tranquilidade de não guardar rancor.

Cássio evitou se aprofundar no assunto quando foi indagado sobre uma possível rearrumação no diretório do PSDB da Paraíba.

- Não é hora de pensar nisso.

Depois, ele disse que não tem mágoas de Cícero Lucena por causa do apoio dado por ele a José Maranhão:
- Nenhuma mágoa. Essas coisas acontecem. Cícero fez a opção dele. Eu fiz a minha. Não é momento de tratar do futuro do PSDB. Importante é que Ricardo venha e faça um grande governo, a despeito das imensas dificuldades que foram criadas para o futuro governante. Maranhão quebrou a Paraíba, na tentativa de ganhar a eleição a todo custo. Lamento que tenha feito um esforço em seis anos para ajustar as finanças públicas, um ajuste fiscal notável, mas nesta eleição, Maranhão volta a quebrar o Governo e Ricardo enfrentará profundos obstáculos nos primeiros meses de seu Governo. A Paraíba deve entender a herança que ele vai receber.
 
 
Do ParlamentoPB

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