A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), assistiram neste sábado (13), no Recife, ao desfile do Galo da Madrugada, considerado o maior bloco carnavalesco do mundo. Prováveis candidatos à sucessão presidencial nas eleições de outubro, os dois não se encontraram na capital pernambucana.
Dilma no Galo da Madrugada
Dilma ainda vai acompanhar o carnaval de Salvador e do Rio de Janeiro, mas não visitará o estado comandado pelo possível adversário neste carnaval. Questionada sobre o motivo, a ministra afirmou que iria aos três estados para não haver "ciúme" entre os governadores Eduardo Campos (PE), Jaques Wagner (BA) e Sérgio Cabral (PMDB), todos aliados ao governo.
"Quando você vai em um você desperta o ciúme nos outros, então é bom ir nos três. Os três são meus amigos, eu gosto muito do Eduardo, muito do Jaques, o Jaques meu companheiro, e do nosso querido Sérgio Cabral", disse. Sobre não visitar São Paulo, Dilma disse: "Eu errei a data. Tinha de ter ido ao ensaio, mas não pude porque estava com o presidente no dia." "Somos todos civilizados e São Paulo tem um carnaval hoje respeitável", disse, ao garantir que não tem problemas em encontrar Serra.
José Serra no camarote do Galo da Madrugada
Dilma falou com a imprensa ao chegar na sede do governo pernambucano, onde também estava o deputado federal Ciro Gomes (PSB), cotado para ser vice na chapa de Dilma. Ela afirmou que isso não foi discutido, mas que tem como o deputado uma "relação especial". "Gosto demais do Ciro, tenho um imenso respeito pelo Ciro. Acho o Ciro uma pessoa decente e é isso."
Ciro, que também não quis falar sobre alianças, aproveitou para alfinetar o governador paulista, José Serra, que também estava na cidade: "É muito mais fáil um boi voar", ironizando sobre a proximidade de Serra com o Nordeste.
O governador José Serra foi a Recife à convite do presidente do PSDB, o senador pernambucano Sérgio Guerra. Ao deixar a cidade com destino a Salvador, o governador disse: "Estou felicíssimo". Questionado se sentiu medo da aglomeração, ele respondeu: "Nunca tenho medo do povo".
Segundo a "Agência Estado", o governador chegou a caminhar pelo meio das pessoas para chegar ao camarote e foi cumprimentado. Um repórter teria perguntado se ele estava em campanha e o governador respondeu que se estivesse pediria o voto dele.
LUÍSA BRITODo G1, no Recife
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