Cássio comenta denúncias de influência na Justiça e prevê que caso vá ao CNJ

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O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) esteve na noite desta quarta-feira, 24, no programa Bastidores, do Padre Albeni Galdino, na Tv Master, e comentou as recentes denúncias feitas pelo senador Efraim Morais (DEM) a respeito de uma suposta interferência do governador do Estado, José Maranhão (PMDB), nas decisões judiciais emitidas na Paraíba. Cássio reforçou a preocupação do democrata e disse que o caso está no imaginário do eleitorado paraibano.

"Isso está no imaginário das pessoas e é preciso que a própria Justiça tenha uma postura de investigação. Existem instrumentos investigatórios É o fim dos tempos imaginar que o governador é casado com a vice-presidente do Tribunal de Justiça e ele de forma livre tenta usar o nome da Justiça para cooptar prefeitos e conquistar adesões. Isso é de uma gravidade extrema! Mas, nós confiamos na Justiça. O desembargador Romero Marcelo é absolutamente independente e disse que rechaça e daria até ordem de prisão. Esse fato está crescendo e precisa ser apurado. Acho que esse assunto vai ser debatido no Conselho Nacional de Justiça porque as denúncias se repetem e são graves. Há uma série de indícios e declarações que precisam ser apurados. As instituições tem instrumentos de investigação e isso precisa ser feito", declarou ele.

Liderança - Outro tema abordado na entrevista foi a atuação do líder do PSDB na Assembleia, João Gonçalves. Cássio evitou melindrar o parlamentar, cuja "flexibilidade" tem sido contestada por colegas de bancada e que pode perder o cargo nas próximas semanas já que Romero Rodrigues anunciou sua disposição de sucedê-lo e conta com a maioria dos apoios dos demais tucanos.

"O partido não tem um dono. Nossa formação é democrática. Tenho por João o maior carinho. Mas, as pessoas perguntam sobre ele, porque ele anda com Maranhão, apresenta voto de aplauso. É o estilo de João. O que me cabe? respeitar. Eu não dou uma declaração de ataque a João. Ele disse ontem mesmo que eu estava errado. É a opinião dele. Eu tenho que respeitar".

Fonte:ParlamentoPB