O plenário do Senado vota na tarde desta quarta-feira (23) o projeto de
lei que estipula o valor do novo salário mínimo. De autoria do
Executivo, a proposta aprovada na Câmara na quarta-feira passada fixou
em R$ 545 o novo valor para o mínimo. Se nenhuma mudança for feita no
texto original, a proposta será enviada para sanção da presidente Dilma
Rousseff.
Por ter tido o regime de urgência aprovado pela Mesa por meio de um acordo de líderes, a proposta não vai precisar passar pela análise da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A votação está marcada para começar às 16h.
A exemplo do que ocorreu na Câmara, a bancada do DEM deve apresentar uma
emenda elevando o salário mínimo para R$ 560. O PSDB deve propor um
mínimo de R$ 600 e o PSOL, anunciou vai vai apresentar uma emenda
fixando o mínimo em R$ 700.
Apesar das propostas da oposição, a expectativa é que o projeto do
Executivo seja aprovado no Senado sem modificações. “É natural [o clima
de já ganhou]. O governo tem maioria esmagadora. Não vamos gerar
expectativas de que vamos derrotar o governo. Vamos apresentar as nossas
teses e defender nossas propostas, mas o governo tem a maioria”, disse o
senador Alvaro Dias (PSDB-PR), líder tucano no Senado.
Nesta terça-feira (22), as bancadas estiveram reunidas traçando
estratégias para a votação. O PT e o relator do projeto no Senado,
Romero Jucá (PMDB-RR), trabalham para ter o apoio integral da base
governistas.
A bancada do PT se reúne ainda na manhã desta quarta para tratar do
tema. No encontro, o senador Paulo Paim (PT-RS), que chegou a defender
uma antecipação de R$ 15 no valor do salário mínimo para 2011, deve
anunciar como vai votar. Na Câmara, dois deputados do PT votaram contra a
proposta do governo.
Diante da previsível aprovação do projeto do governo, Paim e as centrais
sindicais já começam a articular as negociações em torno das propostas
pós- aprovação do salário mínimo. A principal delas, defendida pelo
senador, é a reposição das perdas salariais pelos aposentados e a
aprovação do fim do fator previdenciário, que já foi aprovado pelo
Congresso no ano passado, e vetado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Do G1
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