Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou no fim da noite desta
quarta-feira (16) o projeto de lei do Poder Executivo que reajusta o
salário mínimo para R$ 545 e estabelece as diretrizes para a política de
valorização do salário mínimo a vigorar entre 2012 e 2015. Foram mais
de dez horas de discussões e negociações no plenário da Câmara. O
relator da matéria, deputado Vicentinho (PT-SP), rejeitou a maioria das
emendas apresentadas ao projeto. Com a conclusão da votação, o projeto
segue agora para apreciação e votação do Senado Federal.
Um dos
pontos polêmicos da matéria era o Artigo 3º que estabelece que os
reajustes e aumentos fixados pela futura lei a vigorar entre 2012 e 2015
serão estabelecidos pelo Poder Executivo por meio de decreto. Para
atender os questionamentos de muitos deputados, o relator alterou o
texto original do governo para deixar claro que o decreto que definirá o
valor do mínimo não vai infringir as regras para o reajuste do salário
mínimo que forem aprovadas pelo Congresso Nacional.
Outra mudança
feita pelo relator Vicentinho, acatando emenda do PP, foi em relação ao
Artigo 5º, que estabelece que o Poder Executivo constituirá grupo
interministerial encarregado de definir e implementar a sistemática de
monitoramento e avaliação da política de valorização do salário mínimo.
Neste artigo, o relator incluiu um dispositivo para estabelecer que o
grupo interministerial terá também que fazer a análise sobre o valor da
cesta básica e sua relação com o salário mínimo.
Pelo projeto
aprovado nesta quarta-feira pela Câmara, e que deverá ser votado na
próxima semana pelo Senado Federal, o reajuste do salário mínimo entrará
em vigor no primeiro dia do mês subsequente à data de sanção da nova
lei pela presidenta Dilma Rousseff.
Durante as votações dos
destaques, os deputados rejeitaram, em votações nominais, um do PSDB,
que pretendiam elevar o mínimo para R$ 600, e outro do DEM, que elevava o
valor do mínimo para R$ 560. Os deputados rejeitaram também, em votação
nominal, o destaque do PPS que pretendia alterar a redação do Artigo 3º
do projeto para que os reajustes e os aumentos do salário mínimo, a
vigorar entre 2012 e 2015, sejam estabelecidos pelo Poder Excecutivo por meio de projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional e não por decreto como prevê o texto.
Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
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