A senadora Marta Suplicy (PT-SP) voltou a trocar farpas no plenário do
Senado nesta terça-feira (15), desta vez com o senador Mário Couto
(PSDB-PA), pelo seu estilo de comandar as sessões da Casa.
Aos gritos, o tucano protestou contra atitude de Marta, que permitiu ao
senador Jorge Viana (PT-AC) falar por 30 minutos em seu discurso de
estreia no plenário --enquanto o tempo previsto para os discursos é de
10 minutos.
Ao pedir que o tucano encerrasse seu discurso, Marta foi surpreendida
pela reclamação pública do colega. "Quero dizer a Vossa Excelência que o
Regimento Interno não diz que, na estreia, o senador pode falar a hora
que quiser. Eu vou descer desta tribuna certo de que não fui intimidado,
certo de que neste Senado ninguém vai cortar a minha palavra, a palavra
do meu povo, a palavra daqueles que me colocaram aqui, senadora.
Ninguém, ninguém", disse.
Marta reagiu aos ataques. "Talvez até ele tenha falado 30 [minutos], mas
se ele falou a mais, era um discurso de estreia, e a sua é uma
comunicação inadiável. Então, o senhor tem dois minutos a mais, por
favor."
Couto disse que a "igualdade tem que ser respeitada" na Casa, mas acabou
deixando a tribuna após ser alertado pela petista de que seu tempo
havia acabado.
Correções
Na semana passada, Marta protagonizou outro episódio no plenário ao
corrigir o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Depois do
peemedebista referir-se à Dilma Rousseff como presidente, Marta disse
que o correto é chamá-la de "presidenta".
Membro da Academia Brasileira de Letras, Sarney rebateu a colega. "Muito
obrigado a Vossa Excelência, mas eu sempre estou usando a fórmula
francesa: madame le président. Todas as duas são corretas, senadora,
gramaticalmente", rebateu Sarney.
Dias antes, Marta também enquadrou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP),
seu ex-marido, por ultrapassar seu tempo de discurso na tribuna.
A senadora o alertou por três vezes sobre a necessidade de encerrar o
pronunciamento. Em uma delas, o microfone do petista acabou cortado, mas
Marta permitiu que ele concluísse depois de censurá-lo sobre o longo
discurso.
Da Folha
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