Brasília – Em meio aos protestos das centrais sindicais, o ministro
da Fazenda, Guido Mantega, começou, agora há pouco, apresentação, no
plenário da Câmara dos Deputados, justificando o valor do salário mínimo
de R$ 545 proposto pelo governo.
“Vim para defender a politica de
valorização do salário mínimo que propõe o governo federal. Não temos
condições, do ponto de vista fiscal, de aumentar a despesa em relação ao
que ela é”, disse o ministro, em comissão geral convocada pelo
presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Na tentativa de
convencer os parlamentares e os integrantes das centrais sindicais,
presentes na sessão especial, Mantega explicou que cada R$ 1 acrescido
no valor do mínimo representa um acréscimo de R$ 300 milhões nas contas
do Estado.
“Temos limitação de ordem orçamentária e limitação com
relação à confiança que a sociedade deposita nos acordos que fazemos e
[a regra] deve ser cumprida. Não podemos descumprir uma regra negociada
com governo e trabalhadores, não vamos abrir exceção. Queremos
estabelecer confiança quanto aos compromissos e despesas do futuro”,
justificou o ministro.
Para ele, é importante que o acordo feito
com as centrais sindicais, no ano passado, seja mantido. “Queremos que a
proposta seja colocada em prática, de 2011 a 2015. É bom para o governo
porque teremos aumento de despesa, mas é aumento previsível. É mais
importante ter regra previsível que seja cumprida por todos”, disse.
Dessa forma, para 2012, haverá um aumento real de pelo menos 7,5% mais a
inflação.
O acordo a que se referiu o ministro foi incorporado no
projeto de lei de valorização do salário mínimo enviado na semana
passada à Câmara dos Deputados. O projeto prevê o reajuste pela inflação
do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois
anos anteriores.
Da Agencia Brasil
Por Luciene Cruz
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