BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff avalia que a aprovação do
salário mínimo de R$ 545 pelo Congresso é questão de honra para
sinalizar ao mercado que o corte nos gastos públicos não tem volta. Com a
expectativa de que a taxa básica de juros - hoje em 11,25% - chegue a
12,5% em junho, para conter a inflação, o Palácio do Planalto elegeu o
mínimo como a âncora fiscal do início de governo.
A necessidade de demonstrar segurança aos agentes financeiros foi o
principal assunto da reunião realizada ontem entre Dilma e os ministros
que compõem a coordenação política de governo, no Planalto. No
diagnóstico da presidente, o mercado só acreditará que o corte de R$ 50
bilhões no Orçamento é para valer quando souber de onde sairá a economia
dos gastos.
Definido como a primeira prova de fogo do pós-Lula, o projeto de lei que
fixa o piso em R$ 545 passará amanhã pelo crivo da Câmara dos Deputados
e depois seguirá para o Senado. O governo também vai reajustar a tabela
do Imposto de Renda para 2011 em 4,5%, como havia anunciado o ministro
da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. De qualquer
forma, na avaliação do Planalto a maior pressão inflacionária é
provocada pelo reajuste do mínimo.
Do Estadão
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