Foto: Arquivo do Ministério da Saúde |
Nesta
quinta-feira, 31 de maio, comemora-se o Dia Mundial Sem Tabaco. Porém,
apesar da intensa campanha em diversos países, o tabaco é a segunda
principal causa de morte no mundo, só perde para a hipertensão. A
afirmação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que faz um alerta:
um em cada dez óbitos registrados entre adultos é oriundo do tabaco.
A
campanha deste ano tem como tema a Interferência da Indústria do
Tabaco. De acordo com a OMS, o objetivo é combater tentativas cada vez
mais agressivas de minar os esforços no controle da substância. A
Indústria do Tabaco trabalha, por exemplo, pelo fim de campanhas de
advertências sanitárias que ilustram as embalagens de cigarro, que
servem de alerta aos usuários; e tentam acabar com leis que proíbem o
fumo em locais públicos fechados e que limitam a publicidade de produtos
derivados da substância.
Apesar
das inúmeras campanhas e de ter sido banido até das indústrias
publicitária e cinematográfica, o tabaco ainda tem muita força,
inclusive entre o mais jovens.
A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) apoia o Dia Mundial Sem
Tabaco e orienta os gestores municipais a desenvolver ações no Município
para conter o consumo da droga, que embora seja lícita, causa muita
destruição e pode levar o usuário à morte.
Tabaco mata seis milhões por ano
“O
tabagismo mata não apenas o usuário, mas quem está perto dele. É
preciso elucidar este fator nas campanhas: o fumante passivo, muitas
vezes crianças, não pode pagar pela ação dos outros”, lembra o
presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
A
OMS traça um cenário de epidemia global em razão do fumo. O tabaco, de
acordo com o órgão, mata quase seis milhões de pessoas todos os anos –
mais de 600 mil delas são fumantes passivos.No
Brasil, a cada dois minutos e meio, uma pessoa morre por causa do
tabagismo.
O fumo é considerado pela OMS como uma a principal causa
prevenível de morte em todo o mundo.
Prejuízo Financeiro
O
custo financeiro para quem não tenta ou não conseguiu ainda largar o
cigarro é alto. Um fumante que consome dois maços por dia a preço de R$
4,25 a 30 anos, por exemplo, já gastou mais de R$ 80 mil comprando
cigarro. Os cálculos foram feitos para uma campanha antitabagismo
promovida por médicos pneumologistas em São Paulo.
Para
o governo, o prejuízo é ainda maior. Em 2011, o Brasil gastou R$ 21
bilhões em tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro. O
valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde no mesmo ano e
é 3,5 vezes maior do que a Receita arrecadou com produtos derivados ao
tabaco no mesmo período. Os dados são da Aliança de Controle do
Tabagismo (ACT).
Agência CNM, com informações da Agência Brasil e do Estadão
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