O Ministério da Saúde consolidou os números de mortos em acidentes de
trânsito, em todo o país, no ano de 2010. Foram, ao todo, 42.844 mortos
--14% a mais do que no ano anterior, quando morreram 37.594.
Até então, o órgão trabalhava com dados preliminares que já indicavam
recorde de número de mortos, ao menos desde 1996, de 40.610 vítimas. Mas
mortes que estavam registradas como "causas indeterminadas" foram
depois acrescentadas às estatísticas finais.
Os novos dados foram apresentados na quinta-feira (10) no 2º Seminário
de Mobilidade Urbana da ANTP (Associação Nacional de Transportes
Públicos).
A série histórica mostra que o número de mortes está diretamente ligado
às políticas públicas de segurança viária, segundo analisou Cheila
Lima, consultora técnica da área de vigilância e prevenção de violências
e acidentes do Ministério da Saúde.
Em 1998, quando passou a vigorar o novo Código de Trânsito Brasileiro,
houve uma primeira redução significativa, que continuou nos dois anos
seguintes, com aumento da implantação de radares e de fiscalização.
A curva de vítimas voltou a crescer sem parar entre 2000 e 2008.
Quando foi aprovada a Lei Seca, em 2009, houve nova redução, de apenas 2%.
Mas com a "morosidade da Justiça e a não fiscalização", segundo
entendimento de Lima, houve novo aumento. "As ações dos gestores ainda
são tímidas para reduzir os acidentes."
Lima diz que o Ministério da Saúde vai transferir R$ 12,2 milhões aos
municípios para atuar na redução de acidentes, aos moldes do que já está
sendo feito em cinco capitais, em conjunto com a Organização Mundial da
Saúde.
Os dados de 2011 ainda não foram consolidados.
Da Redação
com Folha
Da Redação
com Folha
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