Imagine se as populações dos municípios paraibanos de São José do
Sabugi, Coxixola e Parari, que somam 7.037 habitantes, segundo os dados
do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
desaparecessem do mapa em dez anos. Um número pouco superior a esse
(7.114) foi a quantidade de pessoas mortas na Paraíba de 2000 a 2010 em
virtude de acidentes de trânsito. O dado faz parte do Mapa da Violência
2012, do Instituto Sangari.
Segundo o levantamento, em 2010, foram 838 mortes deste tipo no
Estado. Os acidentes que envolveram motocicletas foram responsáveis por
51,67% dos óbitos, ou seja, foram 433 mortes deste tipo, seguidos pelos
acidentes de automóvel que resultaram em 142 mortes. Já os pedestres
totalizam 199 mortes, outros óbitos envolveram casos de ciclistas,
transportes de carga, ônibus e outros tipos de mortes no trânsito.
O crescimento observado no estudo mostra que desde o ano 2000 até o
ano de 2010 houve um crescimento de 111,6% no número de óbitos em
acidentes de trânsito na Paraíba. Com taxa de 22,2 mortes de trânsito
para cada 100 mil habitantes, no ano de 2010, a Paraíba ocupa a 15ª
colocação nacional em número de óbitos, enquanto no ano 2000 a taxa
verificada no Estado era de 11,5 mortes no trânsito, com o Estado na 24ª
posição nacional.
Na taxa de crescimento da violência no trânsito, a Paraíba perde apenas para os Estados do Maranhão (190%) e Piauí (131,6%).
No ranking das capitais, João Pessoa desponta na 10ª colocação em
número de mortes provocadas por acidentes de trânsito, com taxa de 31,2
mortes. No ano 2000, a capital paraibana aparecia no 17º lugar, com taxa
de 26,1.
Grande parte dos acidentes que ocorreram na Região Metropolitana de
João Pessoa foi registrada em rodovias federais. Ao longo da BR-230 é
possível avistar sinalizações que alertam para o alto índice de
acidentes em determinados trechos.
As comunidades localizadas às margens da rodovia favorecem casos de
atropelamento. Já a falta de atenção dos condutores e excesso de
velocidade são responsáveis por engavetamentos e outros tipos de
colisão, ocorrências frequentes no qulômetro (km) 26, da BR-230.
Do JP OnLine
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