O deputado federal Efraim Filho (DEM-PB) defendeu em entrevista a
regulamentação da Emenda Constitucional 29 (EC29), que assegura mais
recursos para saúde, para Ele sem a EC 29, o orçamento da saúde para
2011 será insuficiente, e a crise por qual passa o setor no país irá
continuar.
Efraim Filho afirmou que o Governo Federal enterrou a
regulamentação da EC29, considerada a solução para os problemas de
desvios de recursos da saúde e para o desfinanciamento do SUS. Segundo o
deputado, já existe um movimento para ressuscitar a regulamentação, e a
inclusão de mais R$ 6 bilhões no orçamento da saúde, apesar das
dificuldades e pressões palacianas.
O parlamentar ressalta que dados do IBGE comprovam pouco
investimento público na saúde. De cada R$ 100 gastos no setor, apenas R$
38 são gastos públicos e R$ 62, privados. Em países ricos, como a
Inglaterra, que quase não têm problemas sociais, entre R$ 80 e R$ 100
são gastos públicos.
“O Congresso precisa estabelecer um mínimo constitucional ao
governo federal, assim como existe com os municípios e os Estados, para
investimentos em Saúde. Vamos pressionar no sentido que o projeto seja
colocado na pauta e seja aprovado, o Governo Federal precisa se
posicionar” completou Efraim Filho.
“Desde 2008, o governo federal, por exemplo, deixou de investir R$
57,7 bilhões em Saúde, na contramão desse déficit, os Municípios
investiram R$ 81,1 bilhões a mais” afirmou.
Segundo Efraim sem a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, o orçamento da saúde para 2011 será insuficiente.
O Orçamento da União para a saúde em 2011 prevê R$ 68,4 bilhões
para as ações e serviços de saúde do SUS. O valor é baixo, de acordo com
o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS). Seriam
necessários mais de R$ 100 bilhões para o setor em 2011, muito mais do
que os valores aplicados anualmente pela União na saúde.
As áreas mais prejudicadas com a falta de recursos serão os
atendimentos de média e alta complexidade, que envolvem serviços
especializados de alto custo; a distribuição de medicamentos
excepcionais, fora da lista básica do SUS; e o Piso de Atenção Básica
(PAB) fixo, que garante o repasse de recursos aos municípios para ações
de assistência básica, de acordo com o número de habitantes.
As entidades médicas esperam que seja votado ainda este ano pela
Câmara dos Deputados o projeto de lei complementar (PLP 306/08), já
aprovado pelo Senado, que regulamenta a Emenda Constitucional 29 e fixa
os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela
União, por estados e municípios.
Do ParlamentoPB
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