Com auditório lotado, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, e prefeitos de localidades do País receberam o senador Wellington Dias (PT-PI). Ele foi ao encontro dos prefeitos para esclarecer o parecer do relator senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 448/2011 – que trata da divisão dos royalties do petróleo. O PLS elaborado por Wellington Dias e por uma equipe técnica, em que a CNM fez parte, teve algumas alterações. A proposta tem o apoio do movimento municipalista.
De acordo com os esclarecimentos do senador, o texto propõe que
os recursos do Fundo Especial sejam repartidos somente entre os Estados
e Municípios não produtores ou não confrontantes pelos critérios dos
Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM). Os
considerados produtores terão a possibilidade de optar por abdicar dos royalties e da participação especial para receber os recursos do Fundo Especial.
De 2012 a 2020 o aumento de participações nos recursos será progressivo. Pela proposta – de royalties e
participações especiais – a União passará de 41,11% para 34,49%; os
Estados confortantes passarão de 33,89% para 20%; os Municípios
confrontantes passarão de 17,22% para 4%; e os afetados de 3,8 para
0,89. Pelo texto apresentado, o fundo especial passará de 3,89% para
40,63%.
Em valores, o Fundo Especial – que será partilhado com a
maioria dos Municípios – passará de R$ 805 milhões para B$ 1,08 bilhões
em 2012 e chegará a R$ 40,5 bilhões em 2022.
Expectativa
“A nossa proposta resguarda os
confrontantes para que não haja desestruturação de receitas”, disse
Dias, se referindo basicamente aos Estados e Municípios do Rio de
Janeiro (RJ) e do Espírito Santos (ES). Ele destacou que outras
propostas vão surgir e que o RJ vai apresentar outros textos, mas que a
proposta está consolidada e a expectativa é de que até o final deste ano
o projeto esteja aprovado e sancionado. “Com certeza todos nos
queríamos acrescentar algo ou retirar algo do texto, mas vamos tentar
manter a base para garantir os recursos já em 2012”.
Ziulkoski reafirmou que esta é a proposta que o movimento
municipalista apoia. “Agora entra a nossa parte, vamos ligar para todos
os prefeitos para que eles contatem seus senadores e peçam a aprovação
da proposta”, orienta o líder municipalista.
Além dos royalties, os gestores municipais reunidos na Mobilização Permanente Agora é pelos Royalties,
desta terça-feira, 18 de outubro, obtiveram esclarecimentos sobre a
regulamentação da Emenda 29 – financiamento da Saúde – e sobre o impacto
da guerra fiscal nos Municípios brasileiros.
Do Site da CNM
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