Autoridades e representantes da sociedade civil elaboraram uma
carta de reinvidicações ao poder público, pedindo uma revisão e
aperfeiçoamento das políticas de enfrentamento ao crack e outras drogas.
O documento foi escrito após evento sobre o tema promovido pela
Confederação Nacional de Municípios (CNM) e a Câmara Legislativa do
Estado de São Paulo, com objetivo de tentar conter a epidemia que se
alastra nos Municípios brasileiros. O Seminário de Enfrentamento ao
Crack, que aconteceu dia 5 de abril contou com a presença de mais de 200
autoridades para debater o problema do crack nos Municípios
brasileiros.
Entre os presentes estavam representantes da CNM e
das instituições superiores de ensino, serviços de saúde e
pesquisadores. A carta reúne questões importantes analisadas durante o
seminário. Entre elas, que a política de enfrentamento ao crack e outras
drogas deve contemplar ações permanentes que englobem a esfera federal,
estadual e municipal, além do Legislativo, Executivo e Judiciário.
Foram feitas recomendações para integração e intersetorização das ações
de enfrentamento, envolvendo a sociedade civil e a redes comunitárias.
Outra reivindicação é que as ações envolvam a prevenção, reinserção social e
recuperação dos dependentes, bem como a repressão ao tráfico de drogas.
E que o financiamento das ações de enfrentamento seja tripartite –
União, Estados e Municípios. Um dos pontos levantados é a importância de
manter um banco de dados atualizado sobre o uso do crack para que os
gestores estaduais e municipais possam subsidiar ações contra a droga.
O presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, antecipa que o tema será amplamente discutido na XIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, agendada entre os dias 10 a 12 de maio, em Brasília. Um
levantamente da CNM revelou que 98% dos Municípios brasileiros
enfrentam problemas com a circulação ou o consumo de Crack e outras
drogas. E estudo também mostrou que mais de 91% dos Municípios não
possuem programa municipal de combate e que, até o momento, poucos
receberam apoio dos governos estadual e federal.
Ainda em abril, está previsto o lançamento do portal Observatório do Crack,
mais uma oportunidade para integrar os cidadãos na luta contra a droga.
"Queremos conversar de forma efetiva para buscar uma solução eficaz,
urgente, que integre a União, os Estados e os Municípios, além de
mobilizar a sociedade civil. Isso precisa ser enfrentado imediatamente”,
disse Ziulkoski.
Do Site da CNM
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