quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Trabalhadores canavieiros da Paraíba terão novo piso salarial de R$ 528,00

Trabalhadores canavieiros da Paraíba terão novo piso salarial de R$ 528,00
Logo na primeira rodada de negociação, os representantes dos segmentos patronal e obreiro do setor sucroalcooleiro da Paraíba fecharam, na última segunda-feira (20), o acordo relativo à convenção coletiva 2010/2011 dos trabalhadores canavieiros do Estado. A negociação foi realizada no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), em Jaguaribe, sob a mediação do auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PB), José Cursino e garantiu além do reajuste nos salários base da categoria a manutenção de todas as cláusulas sociais do dissídio anterior, incluindo o ganho de 16 minutos por dia, nas horas intíneas dos trabalhadores. O aumento salarial é retroativo a 1º de setembro, data base da categoria. Com o acordo, o salário nominal dos trabalhadores canavieiros paraibanos foi fixado em R$ 528,00. 

O acordo também incluiu a renovação das outras 65 cláusulas sociais da pauta de negociação e ainda manteve outro ganho para categoria obreira, que foi um bônus de 16 minutos ao dia, correspondente às horas intíneas, ou seja, esses minutos compensarão o que era excedido na jornada de trabalho durante o transporte diário dos trabalhadores, sob a responsabilidade do empregador. 

“O resultado do dissídio reflete um trabalho ajustado e aprimorado ao longo dos anos entre a categoria empregadora e a obreira, demonstra o amadurecimento das duas partes e, sobretudo, o entendimento de que o diálogo é sempre o melhor caminho”, destaca o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Raimundo Nonato que, na ocasião, estava acompanhado do diretor da Associação, Oscar Gouveia. 

Nonato lembra ainda que esse entendimento, já na primeira reunião, reforça o compromisso do segmento patronal canavieiro com o reconhecimento do trabalho dos seus colaboradores e do esforço que a categoria tem feito nos últimos anos para honrar esse compromisso. “Também é válido lembrar do esforço da categoria patronal em honrar esse compromisso com seus colaboradores, por conta do preço da matéria-prima produzida, a cana-de-açúcar, que nos últimos anos vem sendo deprimido e das perdas que tivemos por conta da falta de chuva”, disse ele, lembrando que o pagamento da subvenção para os produtores minimizou as perdas, mas não resolveu todo o problema. 

De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino Ferreira, o acordo foi bom para ambas as partes. “Tivemos o reajuste e ainda avançarmos em outras cláusulas consideradas importantes para a categoria. E tudo isso, dentro de um clima amigável”, afirmou Liberalino. 

O dirigente da Asplan destacou ainda que além do entendimento entre as partes, a atuação do auditor fiscal da SRTE-PB, José Cursino, foi fundamental para que a reunião do dissídio coletivo fosse fechada no primeiro encontro. “A tranquilidade e competência com que o mediador conduziu a reunião também contribuiu para que tudo fosse definido já no primeiro encontro”, finalizou Nonato.


Do ClickPB

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