Logo na primeira rodada de negociação, os representantes dos segmentos
patronal e obreiro do setor sucroalcooleiro da Paraíba fecharam, na
última segunda-feira (20), o acordo relativo à convenção coletiva
2010/2011 dos trabalhadores canavieiros do Estado. A negociação foi
realizada no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do
Estado da Paraíba (Fetag-PB), em Jaguaribe, sob a mediação do auditor
fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PB),
José Cursino e garantiu além do reajuste nos salários base da categoria a
manutenção de todas as cláusulas sociais do dissídio anterior,
incluindo o ganho de 16 minutos por dia, nas horas intíneas dos
trabalhadores. O aumento salarial é retroativo a 1º de setembro, data
base da categoria. Com o acordo, o salário nominal dos trabalhadores
canavieiros paraibanos foi fixado em R$ 528,00.
O acordo também incluiu a renovação das outras 65 cláusulas sociais da
pauta de negociação e ainda manteve outro ganho para categoria obreira,
que foi um bônus de 16 minutos ao dia, correspondente às horas intíneas,
ou seja, esses minutos compensarão o que era excedido na jornada de
trabalho durante o transporte diário dos trabalhadores, sob a
responsabilidade do empregador.
“O resultado do dissídio reflete um trabalho ajustado e aprimorado ao
longo dos anos entre a categoria empregadora e a obreira, demonstra o
amadurecimento das duas partes e, sobretudo, o entendimento de que o
diálogo é sempre o melhor caminho”, destaca o presidente da Associação
dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Raimundo Nonato que, na
ocasião, estava acompanhado do diretor da Associação, Oscar Gouveia.
Nonato lembra ainda que esse entendimento, já na primeira reunião,
reforça o compromisso do segmento patronal canavieiro com o
reconhecimento do trabalho dos seus colaboradores e do esforço que a
categoria tem feito nos últimos anos para honrar esse compromisso.
“Também é válido lembrar do esforço da categoria patronal em honrar esse
compromisso com seus colaboradores, por conta do preço da matéria-prima
produzida, a cana-de-açúcar, que nos últimos anos vem sendo deprimido e
das perdas que tivemos por conta da falta de chuva”, disse ele,
lembrando que o pagamento da subvenção para os produtores minimizou as
perdas, mas não resolveu todo o problema.
De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura
do Estado da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino Ferreira, o acordo foi bom
para ambas as partes. “Tivemos o reajuste e ainda avançarmos em outras
cláusulas consideradas importantes para a categoria. E tudo isso, dentro
de um clima amigável”, afirmou Liberalino.
O dirigente da Asplan destacou ainda que além do entendimento entre as
partes, a atuação do auditor fiscal da SRTE-PB, José Cursino, foi
fundamental para que a reunião do dissídio coletivo fosse fechada no
primeiro encontro. “A tranquilidade e competência com que o mediador
conduziu a reunião também contribuiu para que tudo fosse definido já no
primeiro encontro”, finalizou Nonato.
Do ClickPB