O ex-ministro José Dirceu mantém um “gabinete” num hotel de Brasília,
onde despacha com graúdos da República e conspira contra o governo da
presidente Dilma. José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília.
Resumo publicado na coluna de Reinaldo Azevedo, da própria Veja:“Anotem alguns nomes cargos e dia do encontro:
- Fernando Pimentel, Ministro da Indústria e Comércio (8/6);
- José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras (6/6);
- Walter Pinheiro, senador (PT-BA) – (7/6);
- Lindberg Farias, senador (PT-RJ) – (7/6);
- Delcídio Amaral, senador (PT-MS) – (7/6);
- Eduardo Braga, senador (PMDB-AM) – (8/6);
- Devanir Ribeiro, deputado (PT-SP) – (7/6);
- Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara (PT-SP) – (8/6);
- Eduardo Gomes, deputado (PSDB-TO) – (8/6);
- Eduardo Siqueira Campos, ex-senador (PSDB-TO) – (8/6)
Esses são alguns dos convivas de Dirceu, recebidos, atenção!, em
apenas 3 dias — entre 6 e 8 de junho deste ano. Leiam a reportagem
porque há eventos importantes nesse período. É o auge da crise que
colheu Antonio Palocci. Ele caiu, é verdade, por seus próprios méritos —
não conseguiu explicar de modo convincente o seu meteórico
enriquecimento. Mas, agora, dá para saber que também havia a mão que
balançava o berço. Uma parte da bancada de senadores do PT tentou
redigir uma espécie de manifesto em defesa do ministro, mas encontrou
uma forte resistência de um trio: Delcídio Amaral, Walter Pinheiro e
Lindbergh Farias – os três que foram ao encontro de Dirceu no tarde no
dia 7. À noite, Palocci pediu demissão.
Dirceu, então, mobilizou a turma para tentar emplacar o nome de
Cândido Vaccarezza para a Casa Civil. O próprio deputado foi ao hotel no
dia 8, às 11h07. Naquela manhã, às 8h58, Fernando Pimentel já havia
comparecido para o beija-mão. A mobilização, no entanto, se revelou
inútil. Dilma já havia decidido nomear Gleisi Hoffmann.
VEJA conversou com todos esses ilustres. Afinal de contas, qual era a
sua agenda com Dirceu? Gabrielli, o presidente da Petrobras, naquele
seu estilo “sou bruto mesmo, e daí?”, respondeu: “Sou amigo dele há
muito tempo e não tenho de comentar isso”. Não teria não fosse a
Petrobras uma empresa mista, gerida como estatal, e não exercesse ele um
cargo que é, de fato, político. Não teria não fosse Zé Dirceu consultor
de empresas de petróleo e gás. Dilma não tem a menor simpatia por ele, e
Palocci já o havia colocado na marca do pênalti. Mais um pouco de
interiores?”
Do congressoemfoco.com.br
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