A relatora
das Nações Unidas para o direito humano à água e ao saneamento básico,
Catarina de Albuquerque, disse que o número de pessoas sem acesso a
esgoto tratado deve aumentar em mais 100 milhões até 2015.
Em entrevista à Rádio ONU, Catarina de
Albuquerque explicou que a situação irá piorar porque as obras de
saneamento não estariam sendo feitas num ritmo ideal.
Crise Trágica
O ano de 2015 marca o prazo final para
se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que inclui
acesso à água potável e ao saneamento.
A relatora falou à Rádio ONU, em Nova York, antes de seu discurso na Assembleia Geral, na semana passada.
"O progresso que se está a alcançar não
acompanha o ritmo de crescimento da população. Prevê-se que em 2015, que
é a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o número seja
pior e que passe de 2,6 bilhões para 2,7 bilhões. Vivemos uma verdadeira
crise trágica nesta matéria; eu acho que é preciso maior empenho, maior
visibilidade e de que é importante fazermos mais e melhores
progressos", afirmou.
Cidades Brasileiras
Segundo as Nações Unidas, atualmente 2,6
bilhões de pessoas vivem sem acesso a esgoto tratado. De acordo com
dados do IBGE, em várias cidades brasileiras, mais de 90% dos moradores
não têm acesso a saneamento básico.
Valas a céu aberto e água contaminada são algumas das maiores causas de morte por doenças e infecções.
Trata Brasil
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