Uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o
governo federal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), gastou R$
14,4 milhões para custear tratamentos ambulatoriais de alta complexidade
e internações de pessoas mortas. De acordo com o relatório, foram
encontrados nomes de 5.353 pessoas que morreram antes da data registrada
do início dos tratamentos ambulatoriais, que custaram R$ 5,48 milhões
ao contribuinte.
O TCU identificou ainda 3.481 casos em que a data da morte é anterior ao
período de internação hospitalar e 890 casos em que a morte ocorreu
durante o período de internação, sem que haja relação entre os fatos, e
que deram um prejuízo de R$ 8,92 milhões aos cofres públicos. A
auditoria foi feita entre junho de 2007 e abril do ano passado nas
secretarias municipais de Saúde de Fortaleza (CE), Aparecida de Goiânia
(GO), Belém (PA) e Campina Grande (PB) e na Secretaria Estadual de Saúde
de Pernambuco.
Dados do Ministério da Saúde indicam que, mensalmente, são produzidos
cerca de 1,8 milhão de documentos que autorizam o pagamento de
procedimentos ambulatoriais de alta complexidade e internações. Os
gastos anuais ultrapassam R$ 20 bilhões. O TCU determinou à pasta que
oriente os gestores de saúde a coibir a prática da inserção de datas de
procedimentos que não correspondam às reais datas de atendimento dos
pacientes e que reforcem as estruturas locais de auditagem.
O tribunal alertou ainda que os profissionais poderão ser
responsabilizados por esse tipo de fraude. O ministério tem 120 dias
para apresentar informações sobre as providências que estão sendo
adotadas.
Da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
É importante salientar, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente expressam a opinião do blog DESPERTA CAAPORÃ.