Osama bin Laden - Foto: AP |
A morte de Osama bin Laden representa um importante triunfo para a CIA e
os serviços de informação dos Estados Unidos, que nos últimos tempos
foram alvo de críticas por seus fracassos e pelas polêmicas técnicas de
interrogatório.
Osama bin Laden, o terrorista mais procurado do
mundo, morreu no domingo nas mãos de uma elite de soldados americanos
que, em uma operação ultrasecreta, cercou e invadiu a mansão que o
terrorista ocupava na cidade de Abbottabad, no Paquistão.
Com o
episódio, a agência somava assim quase quatro anos de trabalho das
agências de inteligência, que começou quando a CIA seguiu a pista sobre
uma das pessoas que formavam o círculo mais íntimo de colaboradores de
Bin Laden, concretamente um de seus "correios" ou assistentes.
A revista "Time" indicou nesta segunda-feira que a pista surgiu dos
interrogatórios que Khalid Sheikh Mohamed foi submetido - considerado o
cérebro por trás dos ataques do 11 de setembro, e um dos colaboradores
mais próximos de Bin Laden. A CIA obteve uma informação similar do
sucessor de Mohamed, Abu Faraj al-Libbi.
Ambos foram objeto
das controvertidas técnicas de interrogatório aplicadas pelo Governo dos
Estados Unidos, sob o mandato de George W. Bush, em prisões localizadas
fora do país, concretamente na Polônia e Romênia.
Após o
massacre dos atentados de setembro de 2001, o Governo Bush autorizou a
CIA a realizar os interrogatórios mais agressivos da história do país,
política que o executivo de Barack Obama desautorizou e desmantelou
posteriormente.
Naquela época, segundo revelaram relatórios
publicados, a CIA chegou a intimidar suspeitos de terrorismo com
pistolas, perfuradoras elétricas, ''waterboarding'' e exposição a
temperaturas extremas e o isolamento prolongado, durante interrogatório e
ameaçou assassinar suas famílias.
Foram técnicas que o então
vice-presidente Dick Cheney qualificou posteriormente de "refinadas", e
que na sua opinião permitiram "salvar vidas e prevenir atentados
terroristas".
Do Terra
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