segunda-feira, 30 de maio de 2011

Devido a paralização de cirurgiões do Trauma paciente acidentado peregrina entre hospitais e morre sem atendimento

Hospital_Trauma
O motociclista Cristiano Alves Correia, de 25 anos, morreu no domingo (29) quando buscava atendimento no Hospital de Emergência e Trauma Humberto Lucena. Por conta da paralisação dos médicos cirurgiões do Trauma, a vítima passou mais de 40 minutos peregrinando entre hospitais da Capital. Por nota, a direção do Trauma informou que vai abrir uma sindicância para investigar se ocorreu negligência médica.
De acordo com Clodomir Dionísio, irmão do motociclista, o acidente aconteceu na noite do domingo (29) na PE-075 na cidade de Itambé, em Pernambuco. Cristiano foi encaminhado para o Trauma em João Pessoa, chegando ao hospital, a ambulância foi proibida de entrar. “Chegou aqui (no Trauma) e foi barrado na portaria. Não deixaram entrar para fazer a análise”, disse Clodomir.
O Trauma orientou que Cristiano fosse encaminhado ao Centro de Ortopedia e Traumatologia Municipal, o Trauminha, em Mangabeira. “No Trauminha, eles informaram que não havia neurocirurgião”. Mais uma vez a ambulância teve que se dirigir ao Trauma. Segundo Clodomir a peregrinação durou cerca de 40 minutos só no primeiro hospital. Infelizmente Cristiano não resistiu e morreu ainda na ambulância.

Assista a reportagem do Jornal Hoje/Globo

Nota da Redação: Sem entrar no mérito dos motivos da greve, transcrevemos aqui o juramento dos médicos conforme a Declaração de Genebra de 1948:
“Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade. Darei como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão.  Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade. A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação. Respeitarei os segredos a mim confiados. Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica. Meus colegas serão meus irmãos. Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes. Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza. 
Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra.”
 
Do Paraíba1

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