Cerca de dois mil dos 5.565 prefeitos do País estão reunidos nesta
terça-feira no Auditório Petrônio Portela, no Congresso Nacional, em
Brasília, em mobilização para sensibilizar a presidente Dilma Rousseff
em relação à grave crise financeira dos municípios.
O primeiro ponto da pauta é que, diante da queda de arrecadação do Fundo
de Participação dos Municípios (FPM), motivada pela isenção do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística e
de linha branca, os prefeitos não têm como fechar as contas do ano sem
esbarrar na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os prefeitos, então, querem um bônus compensatório para as perdas - como
fez o governo Lula em 2008 -, além da sanção presidencial do projeto,
já aprovado pela Câmara Federal, que redistribui, de forma mais
igualitária, os royalties obtidos com a exploração do petróleo.
Vice-presidente da Comissão Mista do Orçamento, o senador Cássio Cunha
Lima foi muito aplaudido quando lembrou que a riqueza do pré-sal não
pode ser propriedade desse ou daquele estado, mas sim da União e que,
como tal, deve ser partilhada com todos os entes federados. “Ir contra o
princípio de divisão igualitária dos royalties é estimular uma guerra
fraticida entre o Brasil e os brasileiros” – profetizou o senador.
SECA - Além disso, os prefeitos nordestinos, mais especialmente
aqueles que governam municípios do semiárido, querem, do Governo
Federal, a adoção de medidas emergenciais para o enfrentamento da
estiagem, que redundou na pior seca dos últimos 50 anos. Citando o tribuno
Raymundo Asfora, Cássio voltou a repetir que “O Governo Federal promete
como sem falta e falta como sem duvida. E a seca vai destruindo lenta e
silenciosamente” – complementou Cássio, com a autoridade de quem já
esteve à frente da Sudene, foi prefeito de Campina Grande três vezes e
governou a Paraíba por dois mandatos e conhece, como poucos, a penúria e
os dramas decorrentes da seca.
Os prefeitos afirmam que esse desequilíbrio, que tantos municípios estão
enfrentando, não é fruto exclusivamente da queda da receita. Essa queda
é mesmo muito expressiva, mas é preciso considerar também a imposição
de novas despesas e o fator estiagem, conforme indica um estudo recente
da Confederação Nacional dos Municípios.
Em síntese, de pires na mão, eles querem que o Governo Federal se
sensibilize com a crise financeira dos municípios e ajude o final de
mandato de uns e o início da gestão de outros prefeitos.
Para ilustrar a falência dos municípios, os prefeitos se articulam para,
se não for possível falar com Dilma, serem recebidos em audiência com a
ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Da Redação
com Assessoria do Senador Cássio
com Assessoria do Senador Cássio
Nenhum comentário:
Postar um comentário
É importante salientar, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente expressam a opinião do blog DESPERTA CAAPORÃ.