O percentual de deputadas na Câmara pode aumentar 40% na próxima legislatura, que começa em fevereiro de 2011. A projeção é resultado de um estudo do demógrafo José Eustáquio Alves, professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento previsto para o número de deputadas eleitas, segundo ele, decorre da quantidade de candidatas ao cargo – que já somam 1.253. Em 2006, o número de postulantes ao cargo de deputada federal não passava de 737.
Se as análises do pesquisador se confirmarem, os brasileiros elegerão neste ano 63 deputadas, que comporão a maior bancada feminina da história da Câmara, com 12,2% do total de deputados. Hoje, as mulheres ocupam apenas 45 das 513 vagas, ou seja, 8,7% do total.
Apesar do aumento, o Brasil ainda ocuparia um dos últimos lugares no ranking da participação feminina na política. De acordo com Eustáquio Alves, os índices de parlamentares mulheres variam em torno de 40% em países como Angola, Moçambique, Cuba, Argentina e Costa Rica, por exemplo.
Cota para mulheres
Segundo o pesquisador, a maior razão para o aumento no número de candidatas é uma mudança na Lei Eleitoral (9.504/97), que previa que os partidos ou coligações deveriam reservar pelo menos 30% das vagas de seus candidatos para um dos gêneros. Em relação às cotas, a Lei 12.034/09 apenas mudou a expressão “deverá reservar” para “preencherá”, mas, para o pesquisador, essa alteração foi suficiente para provocar uma mudança “importante” na cultura dos partidos.
Da Agência Câmara
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