Vários municípios no Estado estão sofrendo prejuízos nas lavouras por conta da falta de chuva, chegango a faltar água até para o consumo humano. A Defesa Civil do Estado da Paraíba apresentou um estudo ontem (24) mostrando que 50 dos 223 municípios paraibanos vêm sofrendo com a prolongada estiagem que vem sendo registrada neste ano. Destes, 39 já tiveram a “situação de emergência” decretada pelo Governo da Paraíba e outras 11 estão em fase de decisão.
Muitos prefeitos das cidades atingidas com a falta de chuva afirmam que os municípios não dispõem de condições financeiras para contornar a situação.
No Sertão, 21 municípios estão com o estado de emergência homologado pelo governo estadual, e os processos já foram encaminhados a Brasília para análise do Governo Federal. São eles: Aguiar, Bernardino Batista, Bom Jesus, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Carrapateira, Conceição, Igaracy, Imaculada, Nazarezinho, Nova Olinda, Passagem, Poço Dantas, Poço de José de Moura, Santa Cruz, Santarém, São Francisco, São João do Rio do Peixe, Taperoá e Uiraúna.
Outros seis tiveram os pedidos homologados, mas estão na fase de entrega de documentação ainda por parte do Governo da Paraíba: Agua Branca, Catolé do Rocha, Juru, Marizópolis, Santa Helena e Santana de Mangueira.
As cidades de Boa Ventura, Cajazeirinhas, Livramento e Mãe D'água já deram entrada no pedido para ser decretar estado de emergência, mas ainda estão sendo analisados.
Açudes secam
Dez açudes na Paraíba monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) estão com volume abaixo de 30%, e pode comprometer a qualquer momento o fornecimento de água para os municípios.
Em Areia, o açude de Vaca Brava está com 28,8% da sua capacidade. Em Barra de São Miguel, o açude Bichinho está com 25,5% do seu volume; em Duas Estradas, o açude de mesmo nome está com 25,8%; e, Massaranduba, o açude da cidade está com 22,5%.
A situação se complica em Riacho de Santo Antônio. Lá, o açude da cidade está com 8,6% da sua capacidade. Em Serra da Raiz, o açude Suspiro está com 11,4% de sua capacidade e em São José do Sabugi a situação é crítica, com apenas 3,5% da sua capacidade.
Os açudes de Santa Inês (30,8%) , São José de Caiana (22,5%) e São José da Lagoa Tapada (30,4%) também estão sofrendo com o pouco volume de água.
Apenas os açudes de Araçagi e Bananeiras estão sagrando no momento, segundo o mesmo levantamento da Aesa.
Do Diário do Sertão
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