Os delegados concursados que trabalham na Polícia Civil da Paraíba foram pegos de surpresa com a notícia da concessão de reajuste com base em um acordo entre o governo do Estado e os defensores públicos, que ficaram em greve por mais de um ano e não tiveram os salários cortados ou descontados.
Indignação
Segundo Cláudio Lameirão, presidente da ADEPDEL (Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia Civil do Estado da Paraíba), a palavra que melhor expressa o sentimento da categoria é "Indignação", já que o Governo do Estado disse que não havia recursos para conceder o reajuste pleiteado pelos delegados. "Fomos pegos de surpresa, pois o Governo disse que não havia recursos para conceder reajuste a nenhuma categoria" afirmou Lameirão.
Não mais que dois meses do fim das negociações com os delegados, como num passe de mágica, o governo Maranhão, concede aos defensores públicos a paridade com os procuradores de Estado, e além disso várias vantagens para uma categoria que não é de dedicação exclusiva, ou seja, os defensores podem advogar, além de ratearem entre si os honorários de sucumbência no fim do ano, oriundos dos processos em que os defensores tiveram ganho de causa, gerando, muitas vezes, mais que um 14.º salário.
Além de tudo isso os defensores receberão mais 10 a 15 por cento da remuneração, como auxílio periculosidade, numa atividade que não tem a periculosidade que os delegados e demais policiais civis enfrentam no trabalho do dia-a-dia.
"Nós delegados nos sentimos, mais uma vez, enganados pelo Governo do Estado. Não precisamos provar competência, trabalho e responsabilidade, pois trabalhamos em locais insalubres, sem equipamentos e pessoal. Sempre demonstramos à população paraibana, no dia-a-dia das delegacias e nas várias operações policiais, o empenho no combate à criminalidade" afirmou Cláudio Lameirão, presidente da ADEPDEL.
Em razão desses fatos, a Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia Civil do Estado da Paraíba realizará, dia 3 de setembro, uma assembleia geral para discutir a nova realidade, com a possibilidade de se deflagrar greve de toda a categoria a partir do 10 de Setembro de 2010.
Do ParaíbaJá
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