“Quem tem que informar é quem é independente do poder, a imprensa 
precisa ser livre para poder atrapalhar”. Esse foi um dos argumentos 
usados pelo jornalista Eugenio Bucci para defender a liberdade de 
imprensa durante o debate 'Imprensa e Liberdade em Pauta'. O evento, 
promovido pelo Jornal da Paraíba na manhã desta sexta-feira (14), no 
auditório do Fórum Cível, em João Pessoa.
 Além de Eugenio Bucci, que é professor da USP, articulista do jornal 'O
 Estado de São Paulo' e colunista da Revista Época, o debate também 
contou com a participação da coordenadora do Mestrado Profissional em 
Jornalismo da UFPB, Joana Belarmino, o presidente da Associação Nacional
 de Jornais (ANJ), Carlos Fernando Neto, e o senador Vital do Rego 
Filho. O debate foi mediado pela editora-executiva do Jornal da Paraíba,
 Angélica Lúcio.
 Para Bucci, a liberdade de imprensa é um direito tão absoluto quanto o 
de não ser torturado ou do voto secreto e que o trabalho jornalístico é 
ferramenta indispensável para que uma sociedade seja de fato 
democrática. “O jornalismo não é simples instrumento de difusão de 
informações, mas se define a partir daquele a quem se destina a 
informação: o público, que tem direito a essa informação”, ressaltou. 
Ainda segundo Bucci, a divergência fortalece a democracia na medida em 
que exercita a pluralidade de opiniões. Na opinião de Bucci, “o governo 
recebe poder para governar, não para editar a opinião pública”.
Defendendo o mesmo princípio, o senador Vital do Rego Filho acredita que
 a imprensa tem papel importante no controle democrático da gestão e do 
gestor público. “O direito coletivo de acesso à informação só se realiza
 com uma imprensa livre”, acredita. Para a professora Joana Belarmino, a
 liberdade de imprensa depende também de uma cultura que privilegie a 
educação cidadã, na medida em que “é necessário educar a sociedade para 
que ela se aproprie de valores como o respeito ao que é público”.
Presente na plateia do debate, a presidente do Tribunal de Justiça, 
Fátima Bezerra, destacou que a própria justiça está cada vez mais aberta
 ao diálogo com a imprensa. “Nossa formação foi voltada a uma atuação 
discreta, não aprendemos a dar satisfação à sociedade, mas hoje o CNJ 
nos convoca a manter uma comunicação mais aberta”, destaca.
Da Redação
com G1 Paraíba 

 
 

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