domingo, 16 de junho de 2013

Jornal da Paraíba promove debate: Imprensa e Lliberdade em pauta

“Quem tem que informar é quem é independente do poder, a imprensa precisa ser livre para poder atrapalhar”. Esse foi um dos argumentos usados pelo jornalista Eugenio Bucci para defender a liberdade de imprensa durante o debate 'Imprensa e Liberdade em Pauta'. O evento, promovido pelo Jornal da Paraíba na manhã desta sexta-feira (14), no auditório do Fórum Cível, em João Pessoa.

Além de Eugenio Bucci, que é professor da USP, articulista do jornal 'O Estado de São Paulo' e colunista da Revista Época, o debate também contou com a participação da coordenadora do Mestrado Profissional em Jornalismo da UFPB, Joana Belarmino, o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Carlos Fernando Neto, e o senador Vital do Rego Filho. O debate foi mediado pela editora-executiva do Jornal da Paraíba, Angélica Lúcio.

Para Bucci, a liberdade de imprensa é um direito tão absoluto quanto o de não ser torturado ou do voto secreto e que o trabalho jornalístico é ferramenta indispensável para que uma sociedade seja de fato democrática. “O jornalismo não é simples instrumento de difusão de informações, mas se define a partir daquele a quem se destina a informação: o público, que tem direito a essa informação”, ressaltou. Ainda segundo Bucci, a divergência fortalece a democracia na medida em que exercita a pluralidade de opiniões. Na opinião de Bucci, “o governo recebe poder para governar, não para editar a opinião pública”.

Defendendo o mesmo princípio, o senador Vital do Rego Filho acredita que a imprensa tem papel importante no controle democrático da gestão e do gestor público. “O direito coletivo de acesso à informação só se realiza com uma imprensa livre”, acredita. Para a professora Joana Belarmino, a liberdade de imprensa depende também de uma cultura que privilegie a educação cidadã, na medida em que “é necessário educar a sociedade para que ela se aproprie de valores como o respeito ao que é público”.

Presente na plateia do debate, a presidente do Tribunal de Justiça, Fátima Bezerra, destacou que a própria justiça está cada vez mais aberta ao diálogo com a imprensa. “Nossa formação foi voltada a uma atuação discreta, não aprendemos a dar satisfação à sociedade, mas hoje o CNJ nos convoca a manter uma comunicação mais aberta”, destaca.


Da Redação
com G1 Paraíba

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