sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sem-terra e índios descumprem decisão da justiça e voltam invadir propriedade em Alhandra

O deputado Frei Anastácio em conversa com os "indios"
Mais de cem trabalhadores e índios tabajaras ocuparam, ontem, (quinta-feira), duas glebas de terras no assentamento Mucatu, em Alhandra.
Segundo o deputado estadual Frei Anastácio (PT), a terra de um ex-assentado da reforma agrária teria sido comprada pelo ex-comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Lima Irmão, há alguns anos, para criar gado.
Segundo ainda Frei Anastácio, os trabalhadores e os índios descobriram que o coronel estaria vendendo os dois lotes para a Cerâmica Elizabeth, que está planejando implantar uma fábrica de cimento no local.
Ao terem informação da transação de possível venda, os trabalhadores e índios realizaram a ocupação do local, já que os lotes estão nas mãos do coronel, de forma ilegal, sem nenhum registro no INCRA. Completou Frei Anastácio.
O deputado disse que a ocupação promovida ontem foi mais uma ação conjunta, entre trabalhadores e índios, contra a implantação da fábrica de cimento na grande Mucatu,uma área de assentamentos da reforma agrária, que atinge os municípios de Conde,Alhandra e Pitimbu, no litoral sul da Paraíba.
A primeira ocupação ocorreu no ano passado, em dois lotes, que teriam sido vendidos por assentados para a cerâmica.
Através de decisão judicial, os manifestantes foram despejados, mas permanecem acampados numa área próxima.
Os índios alegam que no momento em que terras da reforma agrária são vendidas perdem sua função social.
Com isso, os lotes que forem vendidos serão reivindicados por eles, que estão lutando pela demarcação de 10 mil hectares na área. 


Do Fatos e Fotos de Alhandra

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