O deputado Frei Anastácio em conversa com os "indios" |
Mais de cem trabalhadores e índios tabajaras ocuparam, ontem,
(quinta-feira), duas glebas de terras no assentamento Mucatu, em
Alhandra.
Segundo o deputado estadual Frei Anastácio (PT), a terra de
um ex-assentado da reforma agrária teria sido comprada pelo
ex-comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Lima Irmão, há
alguns anos, para criar gado.
Segundo ainda Frei Anastácio, os
trabalhadores e os índios descobriram que o coronel estaria vendendo os
dois lotes para a Cerâmica Elizabeth, que está planejando implantar
uma fábrica de cimento no local.
Ao terem informação da transação de
possível venda, os trabalhadores e índios realizaram a ocupação do
local, já que os lotes estão nas mãos do coronel, de forma ilegal, sem
nenhum registro no INCRA. Completou Frei Anastácio.
O deputado disse
que a ocupação promovida ontem foi mais uma ação conjunta, entre
trabalhadores e índios, contra a implantação da fábrica de cimento na
grande Mucatu,uma área de assentamentos da reforma agrária, que atinge
os municípios de Conde,Alhandra e Pitimbu, no litoral sul da Paraíba.
A primeira ocupação ocorreu no ano passado, em dois lotes, que teriam sido vendidos por assentados para a cerâmica.
Através de decisão judicial, os manifestantes foram despejados, mas permanecem acampados numa área próxima.
Os índios alegam que no momento em que terras da reforma agrária são vendidas perdem sua função social.
Com isso, os lotes que forem vendidos serão reivindicados por eles, que estão lutando pela demarcação de 10 mil hectares na área.
Com isso, os lotes que forem vendidos serão reivindicados por eles, que estão lutando pela demarcação de 10 mil hectares na área.
Do Fatos e Fotos de Alhandra
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