A falta de médicos é um problema nacional |
A carência de médicos é um dos principais fatores que dificulta a
implantação e manutenção de programas básicos como o Saúde da Família
nos Municípios. A remuneração desses profissionais também varia muito de
uma região para outra. Uma divulgação de novembro de 2011 do Instituto
de Atenção Básica e Avançada à Saúde do Rio de Janeiro (Iabas), por
exemplo, fala sobre profissionais médicos que trabalham nas Clínicas da
Família por vencimentos de até R$ 15 mil.
A Região Sudeste é responsável pela concentração de pelo menos 54%
de médicos do país, aponta a Pesquisa Assistência Médico-Sanitária 2009
divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, detém 11,3% do total da força de
trabalho nacional da categoria e 20,8% do total da Região Sudeste. Para
o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo
Ziulkoski, apesar de ser ainda um assunto pouco abordado pela mídia, a
carência de médico nas demais regiões faz parte da realidade de muitos
cidadãos brasileiros, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste.
A Pesquisa de AMS, do IBGE, mostra que existem pouco mais de 636
mil profissionais médicos atuando nos estabelecimentos de Saúde do país.
Desses, mais de 40 % estão localizados nas capitais. “A concentração
desses profissionais nos grandes centros urbanos é evidente”, afirma
Ziulkoski.
A CNM questiona o governo federal sobre como os Municípios poderiam
implantar e manter as equipes de Saúde da Família, que exige como
membro da equipe mínima o profissional médico e o Ministério da Saúde
oferta um incentivo financeiro de R$ 10 mil por mês para toda a equipe e
mais a unidade de saúde. “Os prefeitos não conseguem fazer o milagre da
multiplicação”, afirma o presidente da entidade, Ziulkoski.
Segundo o presidente da CNM, essa é uma situação de conhecimento
nacional e o governo federal tem que tomar uma medida urgente para frear
“esse leilão de profissionais na rede do SUS [Sistema Único de Saúde]
porque está impossível manter os programas de Saúde funcionando”.
Do Site da CNM
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