quinta-feira, 3 de abril de 2014

Prefeituras da PB desviaram R$ 200 milhões em licitações falsas


Agora pela manhã, 63 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em diversas prefeituras paraibanas, 15 empresas de construção civil, escritórios de contabilidade e residências de suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Os mandados são resultado da ‘Papel Timbrado’, uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral da União (CGU), Tribunais de Contas do Estado (TCE) e da União (TCU), pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica e Polícias Civil e Militar da Paraíba

A operação – que envolve 22 promotores de Justiça, 16 servidores da CGU, um do TCU, 21 do TCE, 74 policiais militares e 81 policiais civis - faz parte de uma investigação que envolve uma série de crimes, como frustração do caráter competitivo de licitações; lavagem ou ocultação de ativos financeiros; falsidade ideológica e participação em organização criminosa.

As penas dos crimes somadas chegam ao máximo de 27 anos de reclusão. Às 11h00, será concedida uma entrevista coletiva à imprensa no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça do MPPB, localizado no Centro de João Pessoa. 
O esquema envolve 53 empresas do ramo da construção civil (muitas delas são ‘fantasmas’) para obtenção de documentos falsificados para participação de licitações. A fraude seria de R$ 200 milhões. Levantamentos realizados pelo Gaeco também demonstram que, em três anos (de 2011 a 2013), as 15 empresas mais utilizadas integrantes da organização criminosa foram beneficiadas com contratos cujos valores ultrapassaram R$ 60 milhões e com pagamentos já realizados que superaram R$ 45 milhões, conforme dados obtidos junto ao TCE-PB.

Equipes de fiscalização da CGU visitaram obras que estariam sendo realizadas pelas empresas investigadas em seis municípios paraibanos e constataram indícios de que as obras são executadas pelas próprias prefeituras. Os gestores usariam as empresas fantasmas para desvio das verbas.


FONTE: Portal Mais PB

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