Desde
que a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída, o
presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo
Ziulkoski, tem alertado: cumprir os prazos estabelecidos é um desafio
quase que impossível. A constatação feita pelo líder municipalista foi
novamente confirmada. Dessa vez, os palestrantes da 4.ª Conferência Nacional de Meio Ambiente afirmaram que o prazo – até agosto de 2014 – para erradicar os 3 mil lixões do país é muito curto.
A Conferência ocorrida entre os dias 24 e 27 de outubro, em Brasília, colocou em debate as determinações da Lei
12.305/ 2010, em especial a obrigatoriedade da substituição de lixões
por aterros sanitários. Pela lei, depois do ano que vem, o Brasil não
poderá mais ter lixões. No entanto, pelo cenário atual, ao vencer o
prazo, diversos Municípios ficarão impedidos de receber recursos
federais para aplicar no setor. Já que o Plano é critério básico de
acesso à verba.
Outra
realidade mostrada por Ziulkoski nos últimos três anos, confirmada
pelos conferencistas, é de que os pequenos Municípios – aqueles com
menos de 10 mil habitantes – não têm recursos financeiros, nem equipe
técnica qualificada para elaborar planos de gestão de resíduos sólidos
ou para construir e manter aterros sanitários. Os especialistas
apontaram o consórcio entre Municípios na implantação de aterros
sanitários, como saída para diminuir os custos.
O
secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo do Campo (SP), João
Ricardo Caetano, disse alertou para o fato de não só acabar com os
lixões, mas também para a sequência de tratar o passivo ambiental gerado
pela disposição inadequada de resíduos ao longo dos anos.
“Temos quase 3 mil lixões espalhados em 2.800 cidades. A legislação aponta a eliminação dos lixões até 2014, e isso é um problema. Houve algum problema entre a lei e a política pública que não tem sido muito eficiente no sentido de oferecer recursos e assistência técnica para grande parte das prefeituras do país para que pudessem erradicar os lixões”, ressaltou Caetano.
Da Agência CNM, com informações da Agência Brasil
“Temos quase 3 mil lixões espalhados em 2.800 cidades. A legislação aponta a eliminação dos lixões até 2014, e isso é um problema. Houve algum problema entre a lei e a política pública que não tem sido muito eficiente no sentido de oferecer recursos e assistência técnica para grande parte das prefeituras do país para que pudessem erradicar os lixões”, ressaltou Caetano.
Da Agência CNM, com informações da Agência Brasil